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Primeiras UnATIs
Primeiras UnATIs
Segundo Vicente Paulo Alves (1999), as primeiras atividades voltadas para a pessoa idosa no meio universitário, surgiram na França, na década de 60, sendo que a generalização do termo “universidade” emergiu pelo fato da realização de conferências, palestras, produção de conhecimento por meio de pesquisas ou por desenvolver ações dentro dos campi universitários. Segundo Peixoto (1997, p. 46, citado por Lima, 1999), as UnATIs tiveram origem próxima a esses programas para a terceira idade e os seus objetivos não se voltaram unicamente para o aspecto intelectual, mas para a promoção da sociabilidade através do lazer. Todavia, quando do surgimento das UnATIs na França, a preocupação predominante era com a sociabilidade, desenvolvimento de atividades culturais, com a perspectiva de “ocupar o tempo livre” das pessoas idosas e favorecer as relações sociais, não havendo preocupação com a educação permanente e assistência jurídica. Uma segunda e terceira gerações de UnATIs, surgiram, respectivamente, ainda na França, em 1973 e na década de 1980. A segunda geração teve como foco a preocupação com o ensino e a pesquisa, sendo as atividades desenvolvidas sob os preceitos da participação e desenvolvimento de estudos sobre o envelhecimento. Já a terceira geração caracterizava-se pelo acento em um “programa educacional mais amplo, voltado à oferta de alternativas diversificadas a uma renovada população de aposentados, cada vez mais escolarizada, a exigir cursos universitários formais, com direito a créditos e diploma”. (Veras e Caldas, 2004, s.p.). O importante para esses autores é que as UnATIs possam “contribuir para a elevação dos níveis de saúde física, mental e social das pessoas idosas, utilizando as possibilidades existentes nas universidades”. Assim, as primeiras iniciativas de UnATI no Brasil vieram da Universidade Federal de Santa Catarina, em 1983, a partir da criação do Núcleo de Estudos de Terceira Idade e da PUC-Campinas, em 1990. Veras e Caldas (2004) afirmam que as experiências da França e as diretrizes estabelecidas pelo Plano Internacional de Ação sobre o Envelhecimento das Nações Unidas, a partir da Primeira Assembléia sobre o Envelhecimento, realizada em 1982, em Viena, contribuíram para a implantação, na década de 90, das várias UnATIs pelo Brasil.
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